Desde que fiz medicina e escolhi a área da psiquiatria, fui percebendo o quão vasto é o universo do comportamento humano. Com isso, ficou bem claro pra mim a impossibilidade de tratarmos todos os seres humanos da mesma maneira quando o assunto é saúde mental. Ou seja, se você quer ajudar alguém de verdade, não adianta entregar uma receita médica sem explicações ou regras que em teoria serviriam para todos.

Se cada um de nós tem o seu próprio mundo do ponto de vista biológico, psicossocial e cultural, existiriam algumas recomendações que seriam possíveis de se aplicar a todos nós?

É necessário entender as limitações e preferências de cada um e adaptar qualquer prescrição ou sugestão de estilo de vida para a realidade daquele indivíduo em particular. Mas como fazer isso? Como ajudar o paciente para a vida toda e não apenas a curto prazo? 

À medida que minha experiência na psiquiatria e na vida acadêmica foi aumentando, desenvolvi algumas estratégias que resultaram em 10 passos essenciais. Mas foi depois de virar mãe, quando a observação do desenvolvimento humano foi possível, que algo mais forte me despertou para a necessidade de prestarmos mais atenção na nossa meta de vida a médio e longo prazo. Afinal, o que eu vou passar hoje para as minhas filhas vai definir quem elas serão daqui a 10 ou 20 anos. 

E porque não influenciar pessoas positivamente passando todos os pilares fundamentais de uma mente saudável que constatei com a minha experiência?

Daí surgiu mais um sonho: expandir essas ideias para o máximo de pessoas possível. Tem um monte de médicos e coachs fazendo o bem por aí, mas também quero deixar registrado as minhas visões atreladas ao que a ciência já deixou mais claro nesses últimos anos.  A questão é que gasto algum tempo para passar todas essas ideias e nem sempre é possível entregar tantas informações de uma só vez. Reunir todas as ideias em um curso foi a solução que encontrei para facilitar a absorção dessa meta de vida de uma maneira mais definitiva e metódica.
Vamos juntos por toda a vida?